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sábado, 14 de maio de 2011

PARA UMA BOA GESTÃO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

É duro, mas se faz necessário lembrar: para que, realmente, o Programa Bolsa Família alcance o seu objetivo maior, que é a emancipação e autonomia das famílias que se encontram na linha da pobreza e da extrema pobreza, faz-se necessário que os municípios "arregassem-as-mangas" e trabalhem efetivamente na elaboração e execução de projetos levando em conta as potencialidades e fragilidades dos membros adultos desses núcleos familiares.
Sem a iniciativa e a ação municipal será em vão o esforço da Gestão Federal, em colocar como prioridade a erradicação da extrema pobreza do Brasil.
Assim, para que uma família que está na base do Cadastro Único, no menor município brasileiro, e que a prefeitura através da secretaria municipal de assistência social, elaborou um projeto de capacitação para produção de cerâmica, de artesanato, produção de gêneros alimentícios, criação de animais, produção do vestuário etc, com certeza isto terá um impacto muito significativo para a quebra intergeracional da pobreza, desses grupos envolvidos.
No entanto, se percebe que paralelo a esta ação - a capacitação - se faz necessário o monitoramento e acompanhamento, quanto à gestão e produção e venda dos gêneros, serviços e bens, pois muitos desses cidadãos e cidadãs, sequer têm noção alguma de administração.
Poderemos colocar como exemplo a situação de assentados da Reforma Agrária, que ao receber um lote de terra e não tiver as condições financeiras e técnicas para o manejo e condução da produção, de nada adiantará, pois quando se derem conta que são incapazes de conduzirem seus sítios, venderão e irão embora. Do mesmo modo acontece com muitas das famílias beneficiárias do PBF, que mesmo sendo capacitadas, mas não sendo incentivadas a produzirem e venderem seus produtos tão pouco valeu a capacitação.

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