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sábado, 20 de novembro de 2010

OS PERCENTUAIS MOSTRADOS PELAS PESQUISAS E A NECESSIDADE DA BUSCA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

Historicamente a dívida que o Estado brasileiro tem com os mais pobres é absurda e impossível de, somente com a cobrança da permanência dos alunos oriundos de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, permanecerem na escola, se resolva este problema.

As desigualdades, segundo o IBGE/PNAD - 2009, são gritantes; vejamos: pessoas que têm 15 anos ou mais, levando em conta os 20% mais pobres, frequentam a escola somente 5,3 anos; já os 20% mais ricos frequentam a escola 10,7 anos.

Já pessoas de 16 anos que conseguiram concluir o ensino fundamental, a situação é ainda pior: dos 20% mais pobres, somente 40% conseguiram concluir o ensino fundamental; dos 20% mais ricos, 86% conseguiram concluir o ensino fundamental. É uma dívida homêrica!!! E sabe quem é o mais prejudicado? Não tenha dúvida que são os negros, seus descedentes, os índios e seus descedentes e, hoje, os descedentes dos degredados portugueses.

Já com relação ao Acompanhamento da Frequência Escolar do PBF, vejamos: quanto ao abandono escolar, em termos de Brasil, 4,8% dos alunos do ensino fundamental, no Educacenso 2008, abandonaram a escola, enquanto que, somente, 3,6% dos alunos beneficiários abandonaram a escola.

Com relação ao ensino médio, 14,3% dos alunos no Educacenso são desistentes; enquanto que dos alunos beneficiários do PBF, somente, 7,2% se evadiram das escolas.

Com relação à aprovação, vejam que realidade mais necessitada de avaliação por todos nós que fazemos EDUCAÇÃO: no ensino fundamental, levando em conta os alunos do Educacenso 2008, 82,3% foram aprovados; contra 80,5% dos nossos alunos beneficiários do PBF (LOGO TEMOS QUE LEVAR EM CONTA AS VULNERABILIDADES DAS FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA); com relação ao ensino médio, do total de nossos alunos brasileiros do Educacenso, 72,6% foram aprovados, em contrapartida 81, 1% dos alunos beneficiários tiveram aprovação.

Assim, requer umolhar nos dados disponibilizados, para que se possa agir e intervir na perspectiva de melhoria da qualidade da EDUCAÇÃO do País e , consequentemente, na qualidade de vida de nossa gente.

V ENCONTRO NACIONAL DOS COORDENADORES ESTADUAIS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DA ÁREA DA EDUCAÇÃO, EM BRASÍLIA - DF.

Um Sucesso!!!!! Podemos dizer que o V Encontro Nacional dos Coordenadores do Programa Bolsa Família na Educação foi um sucesso!! Aconteceu no Auditório Cecília Meireles, no Conselho Nacional de Educação, nos dias 17 e 18 de novembro de 2010.

André Lázaro, Secretário da SECAD-MEC; Daniel Ximenes, Diretor da Diretoria de Estudos e Acompanhamento das Vulnerabilidades Educacionais - DEAVE-SECAD-MEC; Conceição Zotta, Mauro Barros, Claudia Lima, Edgar Ervilha, Leila, Marcos, Wilson Gavinho estes do Acompanhamento da Frequência Escolar do Programa Bolsa Família - SECAD-MEC. E, claro, os coordenadores dos 26 Estados e do Distrito Federal.

Daniel Ximenes falou da pesquisa feita acerca do Acompanhamento da Frequência Escolar do PBF, quando mostrou a todos a importância do monitoramento feito pelos OMM, nos municípios.
O importante é percebermos que os resultados positivos deve-se muito à insistência pela permanência dos nossos alunos na escola - Condicionalidade da Educação para que as famílias continuem recebendo o benefício financeiro do PBF. Vemos que com o advento do programa os percentuais de alunos evadidos, que são beneficiários do PBF é menor que alunos que estão nas mesmas condições sócio-econômicas e não são beneficiários.

O Encontro também oportunizou a apresentação de outra pesquisa, que tratou das REFERÊNCIAS POSITIVAS por Wilson Gavinho Filho e abordou a boa vontade dos que trabalham com a Frequência Escolar nos municípios brasileiros e inovam, se desafiam, criam e fazem acontecer para que o trabalho possa contribuir para a inclusão educacional dos beneficiários do Programa.

O Rio Grande do Norte levou como desafio e proposta para 2011, além de continuar o trabalho de incentivo ao aperfeiçoamento da prestação da informação da frequência escolar e o acompanhamento das fragilidades de aprendizagens de boa parte dos nossos alunos, sensibilizar todos da EDUCAÇÃO: professores, diretores, coordenadores pedagógicos e secretários de estado e municipais, suas coordenações e subcoordenações para se articularem e fazerem um trabalho orquestrado, articulado, que tenha como foco a INTERSETORIALIDADE dentro da própria Educação para melhorar os índices educacionais atingindo as vulnerabilidades de aprendizagens dos alunos beneficiários do Programa Bolsa Família.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O RIO GRANDE DO NORTE E A INFORMAÇÃO DA FREQ. ESCOLAR DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

Hoje, o MEC nos repassou os resultados referentes à coleta da frequência escolar do Programa Bolsa Família dos meses de agosto e setembro, que compreende o 4º período 2010. E nós, da Coordenação do Programa Bolsa Família na Educação do RN, ficamos deveras satisfeitos e orgulhosos, pois em termos percentuais ficamos em 1º lugar, na Condicionalidade da Educação. Como diz o ditado popular: "tiramos leite de pedra" para que isto ocorra. Insistimos junto aos Operadores Másteres Municipais, Secretários Municipais de Educação e, às vezes, os Secretários Municipais de Assistência Social para que façam valer a coordenação municipal do programa e acompanhem e informem a frequência dos nossos alunos beneficiários.
O Rio Grande do Norte acompanha 421.426 alunos oriundos de famílias beneficiárias do PBF. Deste total informamos 93,68%, tendo ficado SEM INFORMAÇÃO 6,32%. Contudo, devemos ressaltar que 5,00%, o que compreende 21.068 alunos estão na listagem de NÃO LOCALIZADOS, o requer um olhar todo especial da GESTÃO MUNICPAL DO PBF para que encontrem estes alunos.Neste blog, em postagens antigas tem um passo-a-passo para localização.
Vale ressaltar que o menor percentual de alunos não localizados é o nosso, o que nos coloca também em primeiro lugar, mas que requer mais esforço para que zeremos esses alunos que não estão sendo acompanhados.

VULNERABILIDADES E POTENCIALIDADES

Faz-se necessário enfatizar que o PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA não é mero repassador de benefícios para as famílias, que se encontram em vulnerabilidade social. Infelizmente durante a campanha presidencial tivemos o desprazer de escutar alguns néscios e deturpadores de idéias dizendo que o Programa faz com que as pessoas fiquem preguiçosas. Isto não é verdade. Ora, a partir do Cadastro Único temos a possibilidade de identificar não somente as famílias que são beneficiárias do PBF, mas encontrar pessoas que têm potencialidades e, a partir daí, os municípios que estão mais próximos dessas pessoas criarem e executarem cursos de capacitação em artesanato, confecção, gêneros alimentícios, doceria, mão de obra, criação de animais etc. E esta é exatamente uma das ações previstas no Programa, que é a IMPLEMENTAÇÃO DOS PROGRAMAS COMPLEMENTARES. Então, cabe aos municípios arregaçarem as mangas e fazerem projetos com esta finalidade. Assim, com certeza, teremos o combate à miséria e às fragilidades sócio-econômicas sendo efetivadas.
Com relação à Educação, nós percebemos que existe uma grande potencialidade a ser executada. Veja que, por vezes, alunos beneficiários do PBF, não têm o desempenho ideal com relação aos resultados de aprendizagem e isto é bastante compreensível
pelo fato de serem oriundos de famílias vulneráveis e devemos ter claro que vulnerabilidade não é só falta de renda. Muitas vezes eles não acreditam na Educação, não vêem a Educação como o meio para superação da realidade em que se encontram. Por isto e muito mais, vemos que se os gestores: prefeitos e governadores e seus secretários de educação se empoderarem dessa parcela visando exatamente a execução de projetos e programas, já existentes, vale ressaltar, tais como: MAIS EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO DO CAMPO, AMIGOS DA ESCOLA, BRASIL ALFABETIZADO...dentre muitos, que venham contribuir para a melhoria dos rendimentos escolares desses alunos. Daí, eu estar sempre a dizer da necessidade de articulação, na própria Educação visando a superação das fragilidades educacionais desse público.
O Rio Grande do Norte está, no ránquingue nacional, em relação ao IDEB, em 25º lugar. Isto, realmente é muito preocupante, pois requer ações emergenciais, que venham contribuir para que possamos sair desta situação. Cabe aos nossos prefeitos, à nossa governadora eleita e aos secretários municipais e estadual de educação agirem, na perspectiva de contribuírem efetivamente com a melhoria da Educação do nosso Estado!