Historicamente a dívida que o Estado brasileiro tem com os mais pobres é absurda e impossível de, somente com a cobrança da permanência dos alunos oriundos de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, permanecerem na escola, se resolva este problema.
As desigualdades, segundo o IBGE/PNAD - 2009, são gritantes; vejamos: pessoas que têm 15 anos ou mais, levando em conta os 20% mais pobres, frequentam a escola somente 5,3 anos; já os 20% mais ricos frequentam a escola 10,7 anos.
Já pessoas de 16 anos que conseguiram concluir o ensino fundamental, a situação é ainda pior: dos 20% mais pobres, somente 40% conseguiram concluir o ensino fundamental; dos 20% mais ricos, 86% conseguiram concluir o ensino fundamental. É uma dívida homêrica!!! E sabe quem é o mais prejudicado? Não tenha dúvida que são os negros, seus descedentes, os índios e seus descedentes e, hoje, os descedentes dos degredados portugueses.
Já com relação ao Acompanhamento da Frequência Escolar do PBF, vejamos: quanto ao abandono escolar, em termos de Brasil, 4,8% dos alunos do ensino fundamental, no Educacenso 2008, abandonaram a escola, enquanto que, somente, 3,6% dos alunos beneficiários abandonaram a escola.
Com relação ao ensino médio, 14,3% dos alunos no Educacenso são desistentes; enquanto que dos alunos beneficiários do PBF, somente, 7,2% se evadiram das escolas.
Com relação à aprovação, vejam que realidade mais necessitada de avaliação por todos nós que fazemos EDUCAÇÃO: no ensino fundamental, levando em conta os alunos do Educacenso 2008, 82,3% foram aprovados; contra 80,5% dos nossos alunos beneficiários do PBF (LOGO TEMOS QUE LEVAR EM CONTA AS VULNERABILIDADES DAS FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA); com relação ao ensino médio, do total de nossos alunos brasileiros do Educacenso, 72,6% foram aprovados, em contrapartida 81, 1% dos alunos beneficiários tiveram aprovação.
Assim, requer umolhar nos dados disponibilizados, para que se possa agir e intervir na perspectiva de melhoria da qualidade da EDUCAÇÃO do País e , consequentemente, na qualidade de vida de nossa gente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário